Pintura de William Sidney Mount representando Saul e a Pitonisa de En-Dor
O presente argumento será desenvolvido através de "vias", em numero de 10, tomando como base a passagem de 1 Samuel 28.1 e ss (Saul e a Pitonisa de En-Dor) e outros contextos similares dentro da natureza do presente argumento.
Tomamos esta parte como base, em razão de ser esta passagem bastante polémica e, em razão disto, alguém chegou até a pensar: "Se realmente Samuel apareceu, é o único facto que a Escritura menciona, isto é, que a alma de um morto tenha voltado à terra para conversar com os homens". Esse pensamento esboçado acima recebeu aceitação na concepção de Justino Mártir, Orígenes, Agostinho, etc. Para nós, porém a volta da alma que partiu para a eternidade não se dará (nem em casos especiais, pois tais casos não existem). Vejamos pois:
1. PRIMEIRA "VIA" (prova gramatical)
O leitor deve primeiro fazer a leitura de todo o capitulo (28) e depois observar cuidadosamente cada detalhe.
O versículo 6, diz: "...E perguntou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu". No original o artigo é definido e o verbo e enfático: "O Senhor lhe não respondeu, lhe não responde e nem lhe responderá". As evidências, portanto, nos dão conta de que o rei Saul "...não buscou ao Senhor" (1 Cr 10.14).
Tomamos esta parte como base, em razão de ser esta passagem bastante polémica e, em razão disto, alguém chegou até a pensar: "Se realmente Samuel apareceu, é o único facto que a Escritura menciona, isto é, que a alma de um morto tenha voltado à terra para conversar com os homens". Esse pensamento esboçado acima recebeu aceitação na concepção de Justino Mártir, Orígenes, Agostinho, etc. Para nós, porém a volta da alma que partiu para a eternidade não se dará (nem em casos especiais, pois tais casos não existem). Vejamos pois:
1. PRIMEIRA "VIA" (prova gramatical)
O leitor deve primeiro fazer a leitura de todo o capitulo (28) e depois observar cuidadosamente cada detalhe.
O versículo 6, diz: "...E perguntou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu". No original o artigo é definido e o verbo e enfático: "O Senhor lhe não respondeu, lhe não responde e nem lhe responderá". As evidências, portanto, nos dão conta de que o rei Saul "...não buscou ao Senhor" (1 Cr 10.14).
2. SEGUNDA "VIA" (prova exegética)
O versículo seis, e em seu verbete b, é súbito e esmagador na sua forma de interpretação: "O Senhor lhe não respondeu!". Vejamos:
"Nem por sonhos". O sonho, quando visto do ponto de vista filosófico, parece ter por fim proteger o sono fazendo passar ao regime da ficção, com o que ele tem de encantatório, a massa das impressões e lembranças que, se ocorressem no estado de vigília com sua realidade própria, seriam um obstáculo ao sono e ao repouso que lhe cumpre assegurar.
Porém, quando analisado do ponto de vista divino de observação, o sonho é - "uma revelação pessoal" de Deus ao homem que se processa por meio da palavra e expressão transmitida pela visão ou imagem - expressão manifestada pela visão (1 Sm 3.1; Jo 33.14-16). Mas o texto em foco, diz: "...O Senhor lhe não respondeu". Isto é, Deus não se manifestou.
"Nem por Urim". Algumas passagens das Escrituras falam destas duas pedras- Urim e Tumim (Ex. 28.30; Lv 8.8; Nm 27.21; Dt 33.8; 1 Sm 28.6; Ed 2.63; Ne 7.65). Como seria que esse método operava? Na passagem de Êxodo 28.30, Deus ordenou a Moisés colocar "no peitoral do Juízo Urim e Tumim" em "cima do coração de Arão". Terá sido sugerido que o Urim e o Tumim eram dois objectos chatos: um lado de cada um desses objectos tinha por escrita a palavra "Urim" derivada de "ãrar" - ser perfeito. Alguns estudiosos afirmam que, em resposta a uma pergunta, uma luz sobrenatural brilhava nas gemas do peitoral, e assim era dada a resposta. Na literatura francesa (especialmente na versão do doutor Louis SEGOND), Urim e Tumim aparecem ali com os nomes de "Urim et le Tumim", com o mesmo sentido que se dá em outras versões, isto é, "luzes e perfeições", sendo que, porém, trazendo um novo sentido que, segundo alguns escritores franceses é que "Urim e Tumim" podem também trazer a ideia de uma espécie de "Feu Clinoton".
Com esta ideia, o Urim e o Tumim passariam então a ter um sentido de "fogo sinalizante", uma espécie de semáforo. Três luzes deviam então piscar ali:
O versículo seis, e em seu verbete b, é súbito e esmagador na sua forma de interpretação: "O Senhor lhe não respondeu!". Vejamos:
"Nem por sonhos". O sonho, quando visto do ponto de vista filosófico, parece ter por fim proteger o sono fazendo passar ao regime da ficção, com o que ele tem de encantatório, a massa das impressões e lembranças que, se ocorressem no estado de vigília com sua realidade própria, seriam um obstáculo ao sono e ao repouso que lhe cumpre assegurar.
Porém, quando analisado do ponto de vista divino de observação, o sonho é - "uma revelação pessoal" de Deus ao homem que se processa por meio da palavra e expressão transmitida pela visão ou imagem - expressão manifestada pela visão (1 Sm 3.1; Jo 33.14-16). Mas o texto em foco, diz: "...O Senhor lhe não respondeu". Isto é, Deus não se manifestou.
"Nem por Urim". Algumas passagens das Escrituras falam destas duas pedras- Urim e Tumim (Ex. 28.30; Lv 8.8; Nm 27.21; Dt 33.8; 1 Sm 28.6; Ed 2.63; Ne 7.65). Como seria que esse método operava? Na passagem de Êxodo 28.30, Deus ordenou a Moisés colocar "no peitoral do Juízo Urim e Tumim" em "cima do coração de Arão". Terá sido sugerido que o Urim e o Tumim eram dois objectos chatos: um lado de cada um desses objectos tinha por escrita a palavra "Urim" derivada de "ãrar" - ser perfeito. Alguns estudiosos afirmam que, em resposta a uma pergunta, uma luz sobrenatural brilhava nas gemas do peitoral, e assim era dada a resposta. Na literatura francesa (especialmente na versão do doutor Louis SEGOND), Urim e Tumim aparecem ali com os nomes de "Urim et le Tumim", com o mesmo sentido que se dá em outras versões, isto é, "luzes e perfeições", sendo que, porém, trazendo um novo sentido que, segundo alguns escritores franceses é que "Urim e Tumim" podem também trazer a ideia de uma espécie de "Feu Clinoton".
Com esta ideia, o Urim e o Tumim passariam então a ter um sentido de "fogo sinalizante", uma espécie de semáforo. Três luzes deviam então piscar ali:
a. Permaneceria sempre estacionada - era a luz de cor amarela (isto trazia a ideia de sinal de atenção).
b. Seria uma luz de cor vermelha (como sinal de reprovação) e,
c. Seria uma luz de cor verde (como sinal de aprovação divina). O método como isso se processaria, dá-se da seguinte forma:
o sacerdote consultava a vontade divina sobre esta ou aquela decisão necessária, olhando para a luz amarela estacionada em cima de seu coração; segundo este modo de proceder, neste instante vinha a resposta da parte de Deus: sim ou não. O "sim" era revelado através de uma luz verde sobrenatural, enquanto que o não, se dava através de uma luz vermelha sobrenatural. Essa forma de interpretação parece ser bastante lógica. Porém, no caso de Saul, nenhuma nem outra coisa se manifestou; portanto, Deus lhe não respondeu por este método.
"Nem por profeta". Revelação inspiracional da parte de Deus em que sua vontade era manifestada através de um homem (ou uma mulher) santo capacitado por Deus para tal fim. Mas a Bíblia afirma que Deus também não se manifestou por tal método. A sentença é sempre a mesma: "...O Senhor lhe não respondeu" (v 6).
3. TERCEIRA "VIA" (prova escatológica)
Segundo o conceito geral, Samuel se encontrava no "seio de Abraão" = ou Paraíso", conforme Lucas 16.22 e 2 Coríntios 12.4, respectivamente. A narrativa de Lucas (16.22) - diz que o rico se encontrava num lugar "baixo" (Hades) e que Lázaro se encontrava num lugar "alto" (Paraíso), pois, segundo se diz o rico "...ergueu os olhos" para contemplar a Lázaro (16.23). Assim, de acordo com o argumento lógico, não foi Samuel que apareceu ali, visto que a narrativa afirma claramente: "...subiu da terra" (cf'. 1 Sm 28.13,14). Ora, se o "velho da capa" fosse Samuel, então teria ele "descido do Paraíso" e não "subido da terra".
4. QUARTA "VIA" (prova profética)
O apóstolo Paulo diz, em 1 Corintios 14.29, que as profecias devem ser julgadas, e a maior autoridade neste julgamento das profecias é sem duvida a Palavra de Deus, e esta diz que as profecias "do homem ancião" encontram-se eivadas de erros. Observemos pois:
Primeiro: "...O Senhor tem...rasgado o reino da tua mão..." (1 Sm 28.17); quando isso aconteceu tinham-se passado sete anos! Portanto, estava ainda para acontecer somente sete anos depois é que o reino foi "rasgado" e dado a Davi - antes, reinava Isbosete, filho de Saul (2 Sm 2.8 e ss).
Segundo: "...Samuel (?) disse a Saul: Por que me desinquietaste?" (1 Sm 28.15). Em Apocalipse 14.13, essa profecia do pseudo-Samuel é refutada quando diz: "Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam". O leitor deve observar bem a frase: "...me desinquietaste" no texto, e, depois, confronta-la no contexto: "...para que descansem", e veja, que aqueles que partiram (como Samuel) em paz, com Deus jamais seriam desinquietados por uma feiticeira.
A "Bem-aventurança" de Apocalipse 14.13 destina-se aqueles que viveram e morreram fielmente a Deus: E Samuel foi um deles, e jamais viria a poluir-se numa Sessão espirita presidida por uma mulher cuja vida era reprovada por Deus e a sua Palavra (Lv 19.31; 20.27 e ss). Deus não se contradiz! Portanto, não foi Samuel que ali apareceu.
Terceiro: "...amanhã tu e teus filhos estareis comigo"(1 Sm 28.19).
A suposta profecia predissera que, no dia seguinte, morreria Saul e seus filhos, mas isso nao aconteceu: só morreram três (Jonatas, Abinadabe e Malquisua) - e ficaram (Isbosete, Armoni e Mefibosete), e, se tomarmos citações como 1 Samuel 14.49; 1 Crónicas 8.33, somam um total de seis (1 Sm 31.2; 2 Sm 2.8; 21.8).
c. Seria uma luz de cor verde (como sinal de aprovação divina). O método como isso se processaria, dá-se da seguinte forma:
o sacerdote consultava a vontade divina sobre esta ou aquela decisão necessária, olhando para a luz amarela estacionada em cima de seu coração; segundo este modo de proceder, neste instante vinha a resposta da parte de Deus: sim ou não. O "sim" era revelado através de uma luz verde sobrenatural, enquanto que o não, se dava através de uma luz vermelha sobrenatural. Essa forma de interpretação parece ser bastante lógica. Porém, no caso de Saul, nenhuma nem outra coisa se manifestou; portanto, Deus lhe não respondeu por este método.
"Nem por profeta". Revelação inspiracional da parte de Deus em que sua vontade era manifestada através de um homem (ou uma mulher) santo capacitado por Deus para tal fim. Mas a Bíblia afirma que Deus também não se manifestou por tal método. A sentença é sempre a mesma: "...O Senhor lhe não respondeu" (v 6).
3. TERCEIRA "VIA" (prova escatológica)
Segundo o conceito geral, Samuel se encontrava no "seio de Abraão" = ou Paraíso", conforme Lucas 16.22 e 2 Coríntios 12.4, respectivamente. A narrativa de Lucas (16.22) - diz que o rico se encontrava num lugar "baixo" (Hades) e que Lázaro se encontrava num lugar "alto" (Paraíso), pois, segundo se diz o rico "...ergueu os olhos" para contemplar a Lázaro (16.23). Assim, de acordo com o argumento lógico, não foi Samuel que apareceu ali, visto que a narrativa afirma claramente: "...subiu da terra" (cf'. 1 Sm 28.13,14). Ora, se o "velho da capa" fosse Samuel, então teria ele "descido do Paraíso" e não "subido da terra".
4. QUARTA "VIA" (prova profética)
O apóstolo Paulo diz, em 1 Corintios 14.29, que as profecias devem ser julgadas, e a maior autoridade neste julgamento das profecias é sem duvida a Palavra de Deus, e esta diz que as profecias "do homem ancião" encontram-se eivadas de erros. Observemos pois:
Primeiro: "...O Senhor tem...rasgado o reino da tua mão..." (1 Sm 28.17); quando isso aconteceu tinham-se passado sete anos! Portanto, estava ainda para acontecer somente sete anos depois é que o reino foi "rasgado" e dado a Davi - antes, reinava Isbosete, filho de Saul (2 Sm 2.8 e ss).
Segundo: "...Samuel (?) disse a Saul: Por que me desinquietaste?" (1 Sm 28.15). Em Apocalipse 14.13, essa profecia do pseudo-Samuel é refutada quando diz: "Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam". O leitor deve observar bem a frase: "...me desinquietaste" no texto, e, depois, confronta-la no contexto: "...para que descansem", e veja, que aqueles que partiram (como Samuel) em paz, com Deus jamais seriam desinquietados por uma feiticeira.
A "Bem-aventurança" de Apocalipse 14.13 destina-se aqueles que viveram e morreram fielmente a Deus: E Samuel foi um deles, e jamais viria a poluir-se numa Sessão espirita presidida por uma mulher cuja vida era reprovada por Deus e a sua Palavra (Lv 19.31; 20.27 e ss). Deus não se contradiz! Portanto, não foi Samuel que ali apareceu.
Terceiro: "...amanhã tu e teus filhos estareis comigo"(1 Sm 28.19).
A suposta profecia predissera que, no dia seguinte, morreria Saul e seus filhos, mas isso nao aconteceu: só morreram três (Jonatas, Abinadabe e Malquisua) - e ficaram (Isbosete, Armoni e Mefibosete), e, se tomarmos citações como 1 Samuel 14.49; 1 Crónicas 8.33, somam um total de seis (1 Sm 31.2; 2 Sm 2.8; 21.8).
Pintura de Gustave Doré
5. QUINTA "VIA" (prova personificada)
Para alguns comentaristas o personagem da presente narrativa que se intitulou de Samuel foi a morte (vejam-se as seguintes passagens das Escrituras em que a, morte aparece personificada: Jó 28.22; Slm 23.4; 1 Co 15.26; Ap. 6.8 e 20.14). Esse argumento torna-se evidente quando usa-se a expressão: ".. amanhã tu e teus filhos estareis comigo" (28.19) - Onde? Segundo esta forma de ver o texto: "no campo de batalha", pois uma vez que Saul e seus filhos morreram ela estaria presente também. Seja como for, as evidencias mostram que só não foi Samuel. Deus jamais "destruiria" Saul ao lado de Samuel (cf. Gn 18.23).
6. SEXTA "VIA" (prova matemática)
Este argumento se baseia no fato de que nada do que ali foi dito se cumpriu na "...manha seguinte". Vejamos:
Examinando cuidadosamente o capitulo 29.1 e depois verificando o versículo 4 do capitulo 28, observamos que na noite em que Saul consultou a Pitonisa os filisteus se encontravam acampados na cidade de Sunem; depois fizeram um giro para Afeque: 120 quilómetros aproximadamente (1 Sm 29.1). Lendo 1 Samuel 29.10,11, temos um dia depois daquela manhã em que se dizia que Saul e seus filhos nela morreriam.
Observando 1 Samuel 30.1, notamos que Davi gastou três dias para chegar a cidade de Siclague; nos versículos 11-13, temos os três dias de distância entre Davi e a tropa inimiga; no versículo 17 da mesma secção temos mais um dia de batalha. Nos capítulos 1 e 2 de 2 Samuel, Davi já tinha regressado da batalha e, evidentemente a narrativa diz que ele tinha repousado "dois dias", e, quando já despontava o "terceiro dia" é que aparece o soldado amalequita com as novas da morte de Saul e seus respectivos filhos.
Ora, observando cada contexto, e confrontando-os com a razão lógica do significado do argumento, Saul ,e seus filhos só morreram. "10 dias depois" daquela reunião com a Pitonisa de En-Dor e não no dia seguinte, como vaticinara o suposto Samuel.
Outros comentadores, porém, acham que, baseando-se nas distâncias percorridas por Saul e seus exércitos, e os filisteus, respectivamente, e sendo deduzido o tempo para as refeições e dormida, Saul só tombou morto "18 dias depois" .
Seja como for, as evidencias e os próprios textos bíblicos dizem que ninguém morreu no dia seguinte como falara o suposto Samuel naquela reunião.
7. SÉTIMA "VIA"(prova contraditória)
A narrativa diz que primeiro a mulher declara ter visto uns "deuses" que subiam da terra (28.13); depois ela observa que não se trata de "deuses", e sim "de um homem ancião" (28.14). A passagem da potência ao ato diz que Saul "nada viu", mas apenas deduzia que seria Samuel baseado na descrição da necromante. Os versículos 20 e 21 do capitulo em foco dizem que Saul se encontrava perturbado, e apenas entendeu que era Samuel que falava (v. 14).
De acordo com a natureza das Escrituras, Samuel, o profeta, não podia subir ali naquela noite sombria. Durante sua vida aqui na terra ele foi obediente a Deus e agora, depois de morto, jamais ele faria um só acto contrário à vontade de Deus, quando em vida declarou: "Porque a rebelião é como o pecado e feitiçaria..." (1 Sm 15.23). A Bíblia é categórica no que diz a respeito da volta de um morto. Alguns textos da Bíblia deixam entrever isto entre linhas.
Vejamos:
"Antes que me vá (Jó), para nunca mais voltar..." (Jó 10.21a) .
"Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornara à sua casa, nem o seu lugar jamais o conhecerá". E o Salmista Davi acrescenta:
"Eu irei a ela (a criança morta), porém, ela não voltará para mim" (2 Sm 12.23). Ora, aquilo que as Escrituras afirmam não pode ser anulado!
8. OITAVA "VIA" (prova similar)
Este argumento se baseia no material colhido do versículo 14 do presente capitulo. A força deste argumento baseia-se em similaridade no episódio de alguns personagens bíblicos, como por exemplo:
Quando Elias foi trasladado ao Céu num redemoinho, "deixou" sua capa para Eliseu, seu sucessor (2 Rs 2.11-13).
De igual modo, fez a mesma coisa (em tom diferente) nosso Senhor Jesus ao se despedir da vida terrena: "deixou" sua capa para os soldados romanos (Jo 19.23,24).
O cego Bartimeu ao ser curado por Jesus de sua cegueira, seu primeiro ato foi "deixar" sua capa para seus circunstantes (Mc 10.50).
O apóstolo Paulo, quando já estava sendo "oferecido por aspersão", afirma ter "deixado" sua capa na cidade de Troas (2 Tm 4.6-13). Então eu pergunto: "...só Samuel levou a dele?" (1 Sm 28.14). De modo nenhum!
9. NONA "VIA" (prova ontológica)
Qualquer estudante sabe que "ontologia" é o estudo do ser" (ou metafísica geral). E a ciência do ser enquanto ser e dos caracteres que pertencem ao ser como tal. Este argumento baseia-se no versículo terceiro do capitulo 28 de 1 Samuel, que esta sendo estudado. Nele, Deus se identifica como Deus dos vivos e não dos mortos. "Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos" (cf. Ex. 3.13; Mt 22.32).
Ora, nenhum destes personagens citados perdeu sua personalidade, individualidade, integridade, ou superego. Seria Samuel o único a poluir-se, indo contra natureza do seu ser, contra Deus (v 6) e contra a doutrina que ele mesmo pregara (1 Sm 15.23), quando em vida nunca o fez? De modo nenhum!
10. DÉCIMA "VIA" (prova doutrinária)
Esse argumento baseia-se no versículo seis da narrativa. Deus em seus elementos doutrinários condenou reiteradamente essa prática e acção (cf. Lv 19.31; 20.7; Dt 18.10-12), e Deus não se contradiz (cf. Tt 1.2). Devemos também ter em mente que naquela reunião e ocasião não se encontrava ali nenhum servo do Senhor; tudo foi presenciado por dois escravos de Saul. A passagem de 1 Sm 28.7-25 nos leva a entender que a narrativa deste encontro de Saul com a necromante fora escrito por uma testemunha ocular; depois por expressa ordem de Deus foi transferida para o Cânon Sagrado (cf. Rm 15.4).
Frequentemente, esses escravos de Saul eram estrangeiros (1 Sm 21.7; 2 Sm 23.25-39) e quase sempre supersticiosos, crentes no erro, razão por que o seu estilo e tão convincente. Observemos alguns tópicos da narrativa que determinam o embuste da Pitonisa:
"...Então veio a mulher a Saul". - De onde ela veio? certamente de detrás de uma cortina à distancia do rei, e inspirada por Satanás (Deus não podia inspirar uma feiticeira) descreve a mente imaginária do perturbado, que se encontrava caído (1 Sm 28.20).
"Vendo, pois, a mulher a Samuel" (v. 12a). "Então disse Samuel: Por que, pois, a mim me perguntas, visto que o Senhor te tem desamparado?" (v. 16a).
"Palavras de Samuel" (v.20), etc. Ora, isso demonstra expressões "vagas e délficas" que não afirmam, e sim descrevem à distancia o acontecimento.
Assim, prezado leitor, procuramos com boa vontade esclarecer que, a não ser por ocasião do arrebatamento da Igreja aqui na terra, aqueles que partiram para o Paraíso, a estar com Deus, jamais voltarão aqui. Especialmente quando solicitados por uma feiticeira (ou feiticeiro). Somente naquele grande dia é que" ...Deus os tornara a trazer com ele" (1 Ts 4.14b). O doutor F. Vitols declara: "Esta crónica que faz parte da Historia de Israel, pela determinação divina, entrou no Cânon Sagrado. E deve entrar e permanecer lá, como advertência para todos nós" (1 Jo 4.1, etc.).
Para alguns comentaristas o personagem da presente narrativa que se intitulou de Samuel foi a morte (vejam-se as seguintes passagens das Escrituras em que a, morte aparece personificada: Jó 28.22; Slm 23.4; 1 Co 15.26; Ap. 6.8 e 20.14). Esse argumento torna-se evidente quando usa-se a expressão: ".. amanhã tu e teus filhos estareis comigo" (28.19) - Onde? Segundo esta forma de ver o texto: "no campo de batalha", pois uma vez que Saul e seus filhos morreram ela estaria presente também. Seja como for, as evidencias mostram que só não foi Samuel. Deus jamais "destruiria" Saul ao lado de Samuel (cf. Gn 18.23).
6. SEXTA "VIA" (prova matemática)
Este argumento se baseia no fato de que nada do que ali foi dito se cumpriu na "...manha seguinte". Vejamos:
Examinando cuidadosamente o capitulo 29.1 e depois verificando o versículo 4 do capitulo 28, observamos que na noite em que Saul consultou a Pitonisa os filisteus se encontravam acampados na cidade de Sunem; depois fizeram um giro para Afeque: 120 quilómetros aproximadamente (1 Sm 29.1). Lendo 1 Samuel 29.10,11, temos um dia depois daquela manhã em que se dizia que Saul e seus filhos nela morreriam.
Observando 1 Samuel 30.1, notamos que Davi gastou três dias para chegar a cidade de Siclague; nos versículos 11-13, temos os três dias de distância entre Davi e a tropa inimiga; no versículo 17 da mesma secção temos mais um dia de batalha. Nos capítulos 1 e 2 de 2 Samuel, Davi já tinha regressado da batalha e, evidentemente a narrativa diz que ele tinha repousado "dois dias", e, quando já despontava o "terceiro dia" é que aparece o soldado amalequita com as novas da morte de Saul e seus respectivos filhos.
Ora, observando cada contexto, e confrontando-os com a razão lógica do significado do argumento, Saul ,e seus filhos só morreram. "10 dias depois" daquela reunião com a Pitonisa de En-Dor e não no dia seguinte, como vaticinara o suposto Samuel.
Outros comentadores, porém, acham que, baseando-se nas distâncias percorridas por Saul e seus exércitos, e os filisteus, respectivamente, e sendo deduzido o tempo para as refeições e dormida, Saul só tombou morto "18 dias depois" .
Seja como for, as evidencias e os próprios textos bíblicos dizem que ninguém morreu no dia seguinte como falara o suposto Samuel naquela reunião.
7. SÉTIMA "VIA"(prova contraditória)
A narrativa diz que primeiro a mulher declara ter visto uns "deuses" que subiam da terra (28.13); depois ela observa que não se trata de "deuses", e sim "de um homem ancião" (28.14). A passagem da potência ao ato diz que Saul "nada viu", mas apenas deduzia que seria Samuel baseado na descrição da necromante. Os versículos 20 e 21 do capitulo em foco dizem que Saul se encontrava perturbado, e apenas entendeu que era Samuel que falava (v. 14).
De acordo com a natureza das Escrituras, Samuel, o profeta, não podia subir ali naquela noite sombria. Durante sua vida aqui na terra ele foi obediente a Deus e agora, depois de morto, jamais ele faria um só acto contrário à vontade de Deus, quando em vida declarou: "Porque a rebelião é como o pecado e feitiçaria..." (1 Sm 15.23). A Bíblia é categórica no que diz a respeito da volta de um morto. Alguns textos da Bíblia deixam entrever isto entre linhas.
Vejamos:
"Antes que me vá (Jó), para nunca mais voltar..." (Jó 10.21a) .
"Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornara à sua casa, nem o seu lugar jamais o conhecerá". E o Salmista Davi acrescenta:
"Eu irei a ela (a criança morta), porém, ela não voltará para mim" (2 Sm 12.23). Ora, aquilo que as Escrituras afirmam não pode ser anulado!
8. OITAVA "VIA" (prova similar)
Este argumento se baseia no material colhido do versículo 14 do presente capitulo. A força deste argumento baseia-se em similaridade no episódio de alguns personagens bíblicos, como por exemplo:
Quando Elias foi trasladado ao Céu num redemoinho, "deixou" sua capa para Eliseu, seu sucessor (2 Rs 2.11-13).
De igual modo, fez a mesma coisa (em tom diferente) nosso Senhor Jesus ao se despedir da vida terrena: "deixou" sua capa para os soldados romanos (Jo 19.23,24).
O cego Bartimeu ao ser curado por Jesus de sua cegueira, seu primeiro ato foi "deixar" sua capa para seus circunstantes (Mc 10.50).
O apóstolo Paulo, quando já estava sendo "oferecido por aspersão", afirma ter "deixado" sua capa na cidade de Troas (2 Tm 4.6-13). Então eu pergunto: "...só Samuel levou a dele?" (1 Sm 28.14). De modo nenhum!
9. NONA "VIA" (prova ontológica)
Qualquer estudante sabe que "ontologia" é o estudo do ser" (ou metafísica geral). E a ciência do ser enquanto ser e dos caracteres que pertencem ao ser como tal. Este argumento baseia-se no versículo terceiro do capitulo 28 de 1 Samuel, que esta sendo estudado. Nele, Deus se identifica como Deus dos vivos e não dos mortos. "Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos" (cf. Ex. 3.13; Mt 22.32).
Ora, nenhum destes personagens citados perdeu sua personalidade, individualidade, integridade, ou superego. Seria Samuel o único a poluir-se, indo contra natureza do seu ser, contra Deus (v 6) e contra a doutrina que ele mesmo pregara (1 Sm 15.23), quando em vida nunca o fez? De modo nenhum!
10. DÉCIMA "VIA" (prova doutrinária)
Esse argumento baseia-se no versículo seis da narrativa. Deus em seus elementos doutrinários condenou reiteradamente essa prática e acção (cf. Lv 19.31; 20.7; Dt 18.10-12), e Deus não se contradiz (cf. Tt 1.2). Devemos também ter em mente que naquela reunião e ocasião não se encontrava ali nenhum servo do Senhor; tudo foi presenciado por dois escravos de Saul. A passagem de 1 Sm 28.7-25 nos leva a entender que a narrativa deste encontro de Saul com a necromante fora escrito por uma testemunha ocular; depois por expressa ordem de Deus foi transferida para o Cânon Sagrado (cf. Rm 15.4).
Frequentemente, esses escravos de Saul eram estrangeiros (1 Sm 21.7; 2 Sm 23.25-39) e quase sempre supersticiosos, crentes no erro, razão por que o seu estilo e tão convincente. Observemos alguns tópicos da narrativa que determinam o embuste da Pitonisa:
"...Então veio a mulher a Saul". - De onde ela veio? certamente de detrás de uma cortina à distancia do rei, e inspirada por Satanás (Deus não podia inspirar uma feiticeira) descreve a mente imaginária do perturbado, que se encontrava caído (1 Sm 28.20).
"Vendo, pois, a mulher a Samuel" (v. 12a). "Então disse Samuel: Por que, pois, a mim me perguntas, visto que o Senhor te tem desamparado?" (v. 16a).
"Palavras de Samuel" (v.20), etc. Ora, isso demonstra expressões "vagas e délficas" que não afirmam, e sim descrevem à distancia o acontecimento.
Assim, prezado leitor, procuramos com boa vontade esclarecer que, a não ser por ocasião do arrebatamento da Igreja aqui na terra, aqueles que partiram para o Paraíso, a estar com Deus, jamais voltarão aqui. Especialmente quando solicitados por uma feiticeira (ou feiticeiro). Somente naquele grande dia é que" ...Deus os tornara a trazer com ele" (1 Ts 4.14b). O doutor F. Vitols declara: "Esta crónica que faz parte da Historia de Israel, pela determinação divina, entrou no Cânon Sagrado. E deve entrar e permanecer lá, como advertência para todos nós" (1 Jo 4.1, etc.).
O Homem: Corpo, Alma e Espírito
Severino Pedro da Silva
CPAD - 14ª edição - 2006
Capítulo 17, páginas 113-121
Severino Pedro da Silva
CPAD - 14ª edição - 2006
Capítulo 17, páginas 113-121
Estou impressionada!!!!
ResponderEliminarComo esse blog esta!!!
Muito coisa BOA..Você esta de parabens!!!
Parabens mesmooooooooo
Abraçossss